segunda-feira, 14 de março de 2011

Musculação e suplementação




Muitos atletas e esportistas buscam estratégias para acelerar o processo de hipertrofia e potencializar o desempenho físico decorrentes do treinamento muscular. Nesse contexto, a suplementação esportiva vem conquistando cada vez mais adeptos, afinal, a promessa de adquirir massa muscular rapidamente e eliminar gordura corporal é tentadora. Entretanto, o uso destes produtos só se justifica nos casos em que a alimentação não consegue suprir as necessidades nutricionais durante treinos e/ou competições.

Popularmente, os suplementos podem ser definidos como produtos feitos de vitaminas, minerais, ervas, extratos de tecidos, proteínas, aminoácidos e outros compostos, consumidos com o objetivo de melhorar a saúde e prevenir doenças. No contexto esportivo eles assumem o papel de suprir as deficiências nutricionais nas dietas dos atletas de alto nível, complementar a dieta de indivíduos que não têm condições de repor, através da alimentação habitual, os gastos diários de energia e/ou, em alguns casos, evitar a perda de massa magra em pessoas que passam por restrições calóricas ou treinamentos intensos. Os suplementos proporcionam, ou pelo menos prometem proporcionar, uma recuperação muscular mais rápida, associada ao crescimento e fortalecimento dos músculos, o que permitiria a realização de treinos mais prolongados, intensos e, consequentemente, melhores resultados estéticos e nas competições.

Apesar da maior procura, o usuário ainda se encontra mal informado sobre o conteúdo dos suplementos e as consequências da sua ingestão inadequada. Esportistas e atletas veem, muitas vezes, tais produtos como uma fórmula mágica para potencializar os resultados dos treinos, passando a fazer uso indiscriminado dos mesmos. Na prática as coisas mudam de figura, e não adianta se entupir de proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais se o organismo realmente não precisar deles. É necessário, por exemplo, ter em mente que não existe nenhum benefício em ingerir proteínas em excesso, uma vez que o excedente é armazenado no tecido adiposo. Isso mesmo! A proteína que você consome além do necessário vira gordura corporal e pode, ainda, causar prejuízos, ao sobrecarregar o fígado, órgão responsável pela metabolização de aminoácidos, e os rins, já que grande quantidade de subprodutos do metabolismo proteico, como ureia, amônia e outros produtos nitrogenados, são eliminados por via urinária.

Músculos não vêm em potes e beleza não está em cápsulas. Portanto, é preciso entender que uma alimentação saudável e equilibrada, associada a exercícios físicos, hidratação e descanso ainda é o melhor caminho a se seguir. A suplementação é válida e importante, mas somente quando realmente necessária, caso contrário, você não vai ganhar músculos! Tudo o que é excesso vira gordura e, provavelmente, não é esse o objetivo de ninguém.

Mas então, como saber quando, como e quais suplementos usar? É aí que entra o nutricionista, profissional que, ao contrário do seu educador físico ou amigo bombadão, tem competências e respaldo legal para identificar suas necessidades e orienta-lo adequadamente. Lembre-se sempre que a dieta ideal é aquela que se adequa suas individualidades e fornece todos os nutrientes que você precisa. A suplementação só é indicada para casos específicos, portanto, pela sua segurança e sucesso, não deixe de procurar ajuda profissional.

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