domingo, 12 de setembro de 2010

ALIMENTOS FUNCIONAIS


O homem sempre precisou do alimento e atualmente procura a qualidade de vida através dos alimentos, então, agora chegou à hora de retomar a verdadeira nutrição. Os padrões alimentares ao longo dos séculos vêm mudando com a tendência de maior consumo de carboidratos simples, gordura e alimentos de alta densidade calórica, fazendo com que o consumo de fibras e carboidratos complexos diminua gradativamente e com isso surge o aparecimento de doenças crônicas degenerativas e também a obesidade. Esta tendência decorre dos novos hábitos, criados pela indústria alimentar e marcados pelo excesso de produtos artificiais, além da influência da mídia, dos fatores ambientais, e da invasão da cultura Norte Americana que interfere negativamente, nos hábitos alimentares do brasileiro. O marcante aumento na prevalência da obesidade está associado a uma alta incidência de doenças cardiovasculares, câncer e diabetes, influenciando desta maneira no padrão de saúde das pessoas. O aparecimento dessas doenças e agravos não transmissíveis cada vez mais cedo na vida das pessoas, e uma população cada vez mais doente é conseqüência de maus hábitos alimentares. Atualmente, está cada vez mais comum indivíduos jovens apresentarem os sintomas que antigamente apenas pessoas idosas apresentavam, como: indisposições, dores de cabeça, fraqueza muscular, intestino preguiçoso, inflamações nas articulações, aumento de gases intestinais, estresse, ansiedade, depressão, falta de memória e concentração baixa. A maioria das pessoas que apresentam desequilíbrios nutricionais (falta ou excesso de nutrientes) acaba desencadeando alguns desses sintomas. A conseqüência desse cenário desfavorável, é a busca por alternativas para melhorar a qualidade de vida. A alimentação equilibrada é composta de alimentos naturais, ricos em nutrientes que servem de combustível para alimentar nossas células. Esses nutrientes oferecem ao nosso corpo energia para que os processos fisiológicos funcionem da maneira ordenada. As pessoas que optam por combustíveis adulterados, ou seja, alimentos pouco nutritivos e contendo muitos aditivos químicos, não garantem o equilíbrio funcional do organismo. A conseqüência é o aparecimento e sintomas indesejáveis. A Nutrição Funcional vem resgatar a nutrição milenar, a nutrição natural, quanto mais natural mais funcional. Através do profissional nutricionista as pessoas podem ser tratadas como um todo, deixando de lado um pouquinho à globalização e respeitando a individualidade bioquímica de cada ser. Usando alimentos que possuem substancia que proporcionam benefícios a saúde, incluindo a prevenção e tratamento de doenças. A alimentação influencia diretamente na saúde das pessoas tanto na forma positiva quanto negativa. A nutrição funcional tem como objetivo principal levar o individuo a uma melhora na saúde. O ditado antigo: - Você é o que você come – está incompleto, a nutrição funcional vai muito além, pois está avaliando não só a ingestão, mas bem como absorção, transporte, utilização e excreção de nutrientes, precisa-se saber se o que come esta chegando às células, isto se chama nutrição celular. O ser - humano é formado de células e os nutrientes que estão nos alimentos são matérias-primas do organismo, deve-se preocupar com estas células, pois milhares são renovadas a cada dia. O primeiro passo que se deve dar é na escolha adequada dos alimentos para se ter um resultado positivo na saúde. O profissional nutricionista deve estar sensível a todos os desequilíbrios do corpo, pois “Nenhuma doença a qual possa ser tratada por dieta, poderá ser tratada por algum outro meio”. Moses Maimônides (1135-1204).
FONTE: NUTRIÇÃO EM FOCO: Autor: Patrícia Bittencourt Afonso de Almeida
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.Bittencourt PAA, Ribeiro PSA. Comer bem! Como? Manual de orientações nutricionais desde a compra ate o preparo dos alimentos. Goiânia: Leitura; 2008. (no prelo).
2.Bleil SI. O padrão alimentar ocidental: considerações sobre a mudança de hábito no Brasil. Cad. Debate. 1998; 6: 1-25.
3.Gedrich K. Determinants of nutritional behavior: a multitude of levers for successful intervention? Appetite. 2003; 41: 231-8.
4.Jones D S et al. Detoxification: a clinical monograph. Chicago: The Institute for Functional Medicine; 1999.
5.Paschoal V, Naves A, Fonseca ABBL. Nutrição clínica funcional: dos princípios à prática clínica. São Paulo: VP Editora; 2007

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