A azeitona é fruto das oliveiras, árvores que podem sobreviver até mil anos. Ela surgiu no Mediterrâneo, provavelmente na Ilha de Creta, no sul da Grécia. Seu nome científico faz referência à sua composição e sua origem, assim, “Olea” é a palavra latina para petróleo, refletindo o alto teor de gordura da azeitona e “europea” que se refere à origem mediterrânica das azeitonas. A oliveira foi trazida ao Brasil por imigrantes, há quase dois séculos.
As azeitonas cruas são amargas e de sabor desagradável, por isso não devem ser consumidas diretamente das árvores, sendo necessário um tratamento especial para reduzir a sua amargura natural. Esses métodos de tratamento variam de acordo com a zona de cultivo, o sabor desejado, textura ou mesmo a cor a ser obtida.
Na oliveira a azeitona surge bem verde, depois, a casca adquire tons acinzentados até atingir a cor preta. Quanto mais escura, constata-se que mais tempo ela ficou no pé.
Cerca de 25% de sua composição é azeite de oliva, rico em ácidos graxos insaturados, como o ômega-3, que são benéficos para aumentar os níveis de HDL (“bom colesterol”) ,e assim, diminuir os riscos de doenças cardiovasculares. Além disso, é rica em vitaminas A, B1, E, D, e minerais tais como: potássio, sódio, cálcio, fósforo, magnésio, ferro. São igualmente ricas em compostos antioxidantes, carotenoides e polifenois.
A azeitona contribui para a saciedade e o funcionamento do intestino, sendo que a azeitona verde é adstringente e a preta é laxativa, além de que os fitosteróis presentes, inibem o envelhecimento celular. Porém, apesar de seus efeitos benéficos, o consumo frequente não é aconselhado a pessoas com excesso de peso, dado o seu valor calórico, e atentando ao valor de sódio, a azeitona deve ser consumida como moderação por pessoas que sofram de hipertensão arterial.
A azeitona é composta principalmente por gordura, o que a torna muito calórica, por isso, o melhor é beliscá-la como aperitivo e acrescentá-la aos pratos de carnes, massas e saladas.
Em 100 g de azeitona verde:
Energia (kcal) | Proteína (g) | Lipídios (g) | Carboidratos (g) | Fibra alimentar (g) | Fósforo (mg) | Ferro(mg) | Sódio (mg) | |
100g | 137 | 0,9 | 14,2 | 4,1 | 3,8 | 5 | 0,2 | 1347 |
5 a 7 unidades (25g) | 34,2 | 0,22 | 35,5 | 1,02 | 0,77 | 1,25 | 0,05 | 336,75 |
Tipos de azeitona:
Azeitona Preta Califónia - Artificial semelhante à arauco, é de consumo geral.
Azeitona Preta Chilena - Natural, graúda e muito carnuda, com sabor acentuado e marcante. Usada para aperitivos finos.
Azeitona Preta Empeltre - Natural, de caroço médio e rico em sabor. Usada para aperitivos diversos.
Azeitona Preta Fargas - Natural, muito apreciada para pizza ou temperadas com óleo e especiaria.
Azeitona Preta Nevadilha - Natural, azeitona de média para miúda, com pequeno caroço, similar à empeltre.
Azeitona Verde Arauco – Natural, azeitona carnuda. A mais conhecida, de paladar saboroso, indicada para aperitivos e consagrada em fins culinários diversos.
Azeitona Verde Gordal - Natural, graúda com caroço de porte médio, sabor suave para aperitivos finos.
Azeitona Verde Mazzanilha – Natural, similar à Gordal espanhola, um pouco menor mas com ótimo consumo e sabor.
Azeitona Verde Recheada – De porte médio, sem sabor acentuado, sem caroço e fornecida com recheio com pasta de pimentão.
Curiosidade:
A azeitona ganhou fama internacional depois que a bíblia correu o mundo. O jardim das oliveiras, em Jerusalém, foi um dos cenários da vida de Jesus Cristo. Lá, por sinal, ainda existem exemplares daquela época remota, com mais de dois mil anos.
REFERÊNCIAS:
Radar Rio Grande do Sul. Disponível em <http://www.frutas.radar-rs.com.br/frutas/azeitona/azeitona.htm> Acessado em: 04 de janeiro de 2011.
Portal São Francisco. Disponível em <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/azeitonas/azeitonas-3.php> Acessado em: 04 de janeiro de 2011.
Protege o que é bom TetraPark. Disponível em <http://www.protegeoqueebom.pt/2010/02/18/as-propriedades-das-azeitonas/> Acessado em: 04 de janeiro de 2011.
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