terça-feira, 21 de setembro de 2010

ATENÇÃO: LER ROTULO DE COMIDA AJUDA A EMAGRECER!!!


Prestar atenção às informações é mais eficaz do que fazer exercícios, mostra pesquisa americana

Ler rótulos de alimentos pode ser mais eficaz para perder peso do que fazer exercícios. Pelo menos é o que diz uma pesquisa da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

O estudo avaliou 12.000 americanos nascidos entre 1957 e 1964. Entre os participantes, 25% praticavam atividade física e 50% tinham o hábito de ler rótulos.

Folhapress

Prestar atenção às informações é mais eficaz do que fazer exercícios, mostra pesquisa da Universidade de Washington

O resultado é que os que liam embalagens emagreceram mais do que aqueles que faziam atividade física, mas não estavam atentos às informações sobre os alimentos.

Mulheres de 37 a 50 anos foram as que tiveram os melhores resultados. O trabalho foi publicado na última edição do "The Journal Of Consumers Affairs".

Segundo especialistas, a "dieta do rótulo" funciona mesmo. "Saber o que estamos comendo faz diferença. Pessoas bem informadas comem melhor", diz o médico nutrólogo Fábio Ancona Lopez, professor da Unifesp.

O rótulo só vai fazer diferença, porém, se a pessoa souber interpretá-lo.

O que não é nada simples, de acordo com a endocrinologista Rosana Radominski, membro da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).

"Embalagens não são autoexplicativas. É preciso saber o que cada nutriente quer dizer e, às vezes, fazer alguns cálculos."

Sabendo interpretar, dá para comparar produtos parecidos e escolher aquele que contém os melhores valores nutricionais.

"Entre um biscoito recheado e outro, podemos optar pelo que tem mais fibras e menos gordura saturada, por exemplo", diz a nutricionista Sílvia Martinez, especialista em rotulagem de alimentos.

ALÉM DAS CALORIAS

Qual a primeira coisa que você repara no rótulo? As calorias, claro. Para Martinez, há outras informações tão ou mais importantes.

Uma delas é a denominação de venda --a descrição fiel do que é o produto, que fica no pé da embalagem. Assim, você compra hambúrguer, sem ler que trata-se de carne bovina misturada a carne suína. "Reparamos só no nome comercial, compramos uma coisa por outra."

Depois disso, a nutricionista Alexandra Tavares de Melo, uma das responsáveis pela atualização do Banco de Dados da Tabela Brasileira de Composição de Alimentos, recomenda olhar a quantidade de fibras e de sódio.

"Nosso consumo de fibras é baixo e o de sódio é alto, principalmente se a pessoa ingerir muitos alimentos industrializados."

Outro ponto importante é a quantidade de gorduras totais e trans. Muitos alimentos diet, sem açúcar, têm mais gordura. Por outro lado, os light, com baixo teor de gordura, às vezes exageram na quantidade de açúcares e carboidratos.

De acordo com a nutricionista Mônica Beyruti, da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), não reparar no teor de gordura pode fazer com que a pessoa caia em armadilhas.

"O requeijão light tem mais gordura do que a maionese light, rica em gorduras poli-insaturadas, que são mais saudáveis."

QUAL É A PORÇÃO?

Para todos os cálculos, é essencial considerar o fracionamento que o fabricante estabeleceu para elaborar a tabela.

"Essa informação é a que mais confunde. A porção é diferente para cada alimento e é preciso fazer contas para comparar um com outro", afirma Lopez.


Fonte: a folha

Os Efeitos da beringela no tratamento das dislipidemias




Um novo conceito de alimentos promotores da boa saúde está emergindo como uma nova fronteira no desafio dos profissionais de nutrição, introduzindo não somente a necessidade dos nutrientes clássicos, mas também de outros compostos dos alimentos, que além dos efeitos tradicionais já conhecidos, possuem propriedades funcionais benéficas e devem conter numa alimentação saudável. (ANGELIS, 2001).

As doenças cardiovasculares (DCV) são a primeira causa de morte no Brasil, dentre elas, Doença Aterosclerótica Coronária (DAC), Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto isquêmico do miocárdio, hipertensão arterial, aneurismas, etc. Um dos mais notáveis fatores de risco para as DCV, cujo controle diminui a incidência da doença, é a presença de dislipidemia. Foi demonstrado em estudos, por exemplo, que uma redução de 1% no nível de colesterol plasmático corresponde a uma redução de 2% na probabilidade de ocorrerem eventos cardiovasculares (PRAÇA et al., 2004).

O Consenso Brasileiro Sobre Dislipidemias (1999) preconiza que a terapêutica das dislipidemias deve ser iniciada com mudanças individualizadas no estilo de vida, que compreendem hábitos alimentares saudáveis, busca e manutenção do peso ideal, exercício físico aeróbico regular, combate ao tabagismo e promoção do equilíbrio emocional. Não sendo atingidos os objetivos propostos, deve ser considerada a introdução de drogas isoladas ou associadas, dependendo das necessidades, com manutenção da dietoterapia. Contudo, pelo fato dos medicamentos redutores do colesterol plasmático terem elevados custo, efeitos colaterais indesejáveis e pela perspectiva de tratamento prolongado, a população têm recorrido a tratamentos alternativos para o controle da hipercolesterolemia (JORGE et al., 1998).

Nesse contexto, destacamos a berinjela (Solanum melongena L.), planta da família Solanaceae, que é originária da Índia, sendo seus frutos muito utilizados na alimentação humana. É um vegetal com alto teor de água, baixo de proteínas, é rica em fibras, sais minerais (cálcio, fósforo, potássio e magnésio) e vitaminas como: A, B1, B2, Niacina e Vitamina C (GONÇALVES et al., 2006). Ela vem sendo usada empiricamente há tempos no tratamento dislipidemias pela suposta ação na redução do colesterol total, LDL-colesterol, triglicérides inclusive alterações benéficas no peso corpóreo.

No entanto, não há nenhum estudo mostrando, de fato, qual o componente da berinjela é o agente redutor dos níveis de colesterol. Para explicar a redução do colesterol plasmático, Kritchvsky et al. sugerem que ocorre inibição na absorção do colesterol, por ligação de algum componente da berinjela com sais biliares essenciais na absorção intestinal do colesterol. A presença da niacina, também, pode influir na redução do colesterol plasmático. Acredita-se que a redução do peso corpóreo, visto em tratamentos com o suco de berinjela, seja conseqüência do elevado teor de fibras encontrado na berinjela.

A primeira demonstração conhecida de que a berinjela (Solanum melongena L.) seria capaz de baixar o colesterol sangüíneo e reduzir a ação das gorduras sobre o fígado aconteceu em 1943, pelo professor Angel H. Roffo, na Argentina, usando-a in natura na forma de suco. A sua ação acontece apenas sobre a fração LDL, não agindo nos triglicerídeos, nem na fração HDL.

Um estudo feito com o extrato seco de Solanum melongena L. (Berinjela), na forma de cápsula, administrada em mulheres com dislipidemia e que não tomavam nenhum tipo de medicamento, mostrou que o tratamento exerce um modesto efeito hipolipemiante, na condição coadjuvante de controle nutricional, não apresentando efeito hepatótoxico (GONÇALVES et al., 2006).

Corroborando a hipótese citada, uma pesquisa realizada em ratos, usando a berinjela na forma de suco (100g de berinjela e 70mL de água) apresentou resultados que permitiram concluir que o suco de berinjela, nas condições da experimentação, representa um tratamento alternativo e de baixo custo para as hipercolesterolemias, melhorando o perfil plasmático, o colesterol tecidual, a peroxidação lipídica das LDL nativas oxidadas e da parede arterial e provocando uma significativa proteção sobre o endotélio vascular (JORGE et al., 1998).

Em contrapartida, um estudo com o objetivo de testar a eficácia do extrato de berinjela (Solanum melongena) com suco de laranja, atuando como redutor dos níveis séricos de lípides, em comparação com a lovastatina mostrou que uma opção terapêutica alternativa, como a da berinjela, não está fundamentada por evidências científicas suficientes e não deve ser recomendada e que o suco de berinjela com laranja não pode ser considerado uma alternativa às estatinas na redução dos níveis séricos de colesterol (PRAÇA et al., 2004).

Portanto, é necessário avaliar o diferencial metodológico entre os estudos, principalmente no que se refere ao tamanho da amostra, tempo e dosagem utilizada e forma de utilização da berinjela (Solanum melongena L).

REFERÊNCIAS

ANGELIS, R. C. NOVOS CONCEITOS EM NUTRIÇÃO: Reflexões a respeito do elo dieta e saúde. Arq Gastroenterol, vol 38 n° 4. São Paulo, 2001

Consenso Brasileiro Sobre Dislipidemias Detecção, Avaliação e Tratamento. Arq Brás Endocrinol Metab vol 43 n° 4 Agosto, 1999

GONÇALVES, M. C. R.; DINIZ, M. F. F. M.; DANTAS, A. H. G.; BORBA, J. D. C. Modesto efeito hipolipemiante do extrato seco de Berinjela (Solanum melongena L.) em mulheres com dislipidemias, sob controle nutricional. Rev Bras Farmacogn 16(Supl.): 656-63, João Pessoa, 2006

JORGE, P. A. R.; NEYRA, L. C.; OSAKI, R. M. ALMEIDA, E. BRAGAGNOLO, N. Efeito da Berinjela sobre os Lípides Plasmáticos, a Peroxidação Lipídica e a Reversão da Disfunção Endotelial na Hipercolesterolemia Experimental. Arq Bras Cardiol, vol 70: 87-91, Campinas, 1998

KRITCHEVSKY, D; TEPPERS, A. S.; STORY, J. A. Infuence of an eggplant (Solanum melongena) preparation on cholesterol metabolism in rats. Exp Pathol vol 10:180-3, 1975

PRAÇA, J.M.; THOMAZ, A.; CARAMELLI, B. Eggplant (Solanum melongena) Extract Does Not Alter Serum Lipid Levels. Arq Bras Cardiol, vol 82: 269-73, São Paulo, 2004

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Por que menos gordura significa mais saúde para os diabéticos


Uma descoberta divulgada neste domingo, no Congresso de Endocrinologia e Metabologia, em Gramado, oferece mais uma razão para pensar duas vezes antes de ingerir um alimento gorduroso - especialmente no caso dos diabéticos. O estudo explica por que a menor absorção de gordura pode reduzir e até prevenir as complicações microvasculares decorrentes do diabetes - caso da nefropatia, doença do rim causada pela combinação de diabetes e hipertensão, a retinopatia, principal responsável pela cegueira, e a neuropatia, lesão que ocorre nos nervos e que pode causar dores nos membros e contribuir para a disfunção erétil, problema comum em diabéticos. O estudo inédito, realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), acompanhou 20 voluntárias saudáveis que utilizaram orlistate – conhecido remédio emagrecedor que reduz a absorção de gordura. Percebeu-se que houve uma modificação na composição lipídica das membranas das células dessas mulheres. Ou seja, a absorção reduzida de gordura fez com que a célula apresentasse uma estrutura bioquímica diferente. Bruno Geloneze, líder da pesquisa e vice-presidente do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, explica que, a partir de uma técnica conhecida como ressonância paramagnética, foi analisada a permeabilidade da célula - que sofreu alteração. "Essa modificação nos faz acreditar que a hemácia (responsável pelo transporte de oxigênio) mais maleável seria capaz de ter mais acesso aos microvasos e nutrir adequadamente as células", diz. "Assim, é possível que esse mecanismo seja capaz de determinar a melhora ou a prevenção das complicações para o diabetes", acrescenta. Segundo Geloneze, as complicações provocadas pelo diabetes ocorrem por conta da obstrução dos pequenos e grandes vasos sanguíneos e também pela falta de oxigênio que chega aos tecidos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, a retinopatia é considerada uma das complicações mais frequentes do diabetes, ao lado da catarata.
Controle - A pesquisa também revelou que o organismo de pessoas submetidas ao uso do orlistate apresenta uma diminuição na produção de insulina – o que, segundo o especialista, pode ser erroneamente interpretado como um fator negativo. Ele lembra que, no entanto, como as voluntárias são saudáveis, a redução da produção de insulina pode significar uma reação positiva, uma vez que a necessidade do organismo pela substância também cai. "Então, você diminui a resistência à insulina, o corpo não precisa produzir muito e, a longo prazo, você tem um pâncreas menos estressado. Isso significa prevenir o diabetes", resume. Apesar de obter resultados positivos, Geloneze adianta que ainda são necessários mais estudos. "A complicação do diabetes pode demorar até dez anos para acontecer, então é uma hipótese que precisa ser confirmada", diz.
"Já fizemos o estudo clínico, metabólico e de biologia celular. O próximo passo é fazer o de biologia molecular. Existe um conjunto de enzimas que determina a característica da membrana da célula. Queremos ver se a quantidade e produção de enzimas nas células vai estar realmente alterada com o uso do orlistate", finaliza.

CELULITE E O PH DOS ALIMENTOS



A Lipodistrofia ou Fibro Edema Geloide ou simplesmente conhecida como celulite é uma alteração no processo de regeneração dos tecidos da pele. É uma alteração estética e funcional promovida por um infiltrado edematoso no tecido celular subcutâneo. Esta condição clínica é predominante no sexo feminino, não necessariamente está associada à obesidade, trata de uma afecção que promove alterações estéticas e tem sintomatologia própria como dores locais.
Disfunções metabólicas, hormonais e imunológicas estão primariamente associadas às alterações e má função do sistema vascular. A origem do processo parece estar localizada no nível da unidade micro circulatória. Existem algumas teorias que sugerem definições importantes para celulite, como hormonal, circulatória, metabólica e também tóxica causada pelo excesso de radicais livres no organismo, na maioria das vezes, devido à má alimentação e excesso de xenobióticos do dia-a-dia. O aparecimento da celulite pode indicar algum desequilíbrio e a alimentação torna-se importante nessa situação.
Em geral, a alimentação da população está cada vez mais ácida e isso acarreta problemas à saúde e de obesidade. O ideal seria uma alimentação contendo uma proporção muito maior de alimentos alcalinos do que de alimentos ácidos. Esta proporção entre os alimentos pode variar em pelo menos 60% de alimentos alcalinos e 40% de ácidos. O objetivo de mudar o pH é justamente o de auxiliar na eliminação de toxinas do organismo, pois elas são expulsas com mais facilidade em pH alcalino. O excesso de toxinas e a inflamação são, hoje, os maiores causadores de obesidade e lipodistrofia. Há duas causas essenciais para a maior parte das pessoas que sofrem com problemas estéticos (peso e celulite): toxicidade e inflamação. Estes, são as causas primárias do excesso de peso.
Para a célula funcionar perfeitamente, ela necessita receber nutrientes e oxigênio da corrente sanguínea e ser capaz de liberar o resíduo celular, as toxinas. E isto ocorre quando o organismo está levemente alcalino. Em um ambiente ácido, o indivíduo não consegue eliminar toxinas, e se a célula não joga-as fora, o corpo fica intoxicado e inflamado. As células precisam de um ambiente alcalino para desempenhar suas funções, mas o organismo produz uma grande quantidade de ácidos a partir dos seus processos metabólicos. Então, para manter a saúde, o organismo tem que neutralizar ou excretar a grande maioria dos ácidos produzidos a cada minuto. Esta capacidade de excretar e neutralizar o excesso de ácidos depende da genética de cada organismo, e, sobretudo influenciados pelo que é consumido.
Existem alimentos que promovem uma maior acidificação do organismo, pois contêm mais íons cloreto e compostos nitrogenados. Contudo, alimentos ricos em potássio e magnésio garantem um pH mais alcalino. Não se pode analisar um alimento pelo sabor se é acido ou alcalino, o mais importante é a sua composição e as reações que acontecem dentro do organismo após consumi-los.
A seguir, estão exemplos de alimentos ácidos e alcalinos:
• Alimentos ácidos: farinha de trigo, sal, pão branco, carnes, queijos (mesmo branco), leite, iogurte, açúcar, churrascos, frituras, bebidas alcoólicas, café, refrigerantes, doces, sorvetes, embutidos, enlatados e milho.
• Alimentos alcalinos: Vegetais em geral (brócolis, melão, abacaxi, lima, nectarina, couve, alho), leguminosas (lentilha), brotos, frutas secas, oleaginosas (castanhas, nozes), tubérculos e cogumelos.
A prioridade na escolha por alimentos alcalinos pode trazer inúmeros benefícios à saúde. Tais alimentos alcalinizam o pH do sangue, melhorando a absorção dos nutrientes no corpo. A escolha dos alimentos alcalinos não é suficiente no tratamento nutricional para celulite. A restrição do consumo de aditivos alimentares, que sobrecarregam o organismo de toxinas e a redução do consumo excessivo de gorduras trans, carboidratos refinados e alimentos que podem causar alergias são fundamentais para o tratamento. Vale ressaltar que, não somente a escolha de bons alimentos, mas também a mudança do comportamento alimentar em relação ao alimento também é muito importante, como a hidratação e uma boa mastigação. Portanto, para buscar harmonia, deve ser adotada uma alimentação que combata radicais livres, retarda o envelhecimento e mantém a pele saudável, rica em vitaminas, minerais, proteínas, gorduras saudáveis, carboidratos, fibras e muita água - de grande importância para a remoção de toxinas do organismo.

Autor: Danielle Domingues Meira; Patrícia Bittencourt Afonso de Almeida
Email: patricia@nutricaoemfoco.com.br
Referencias Bibliográficas:
1. BRALLEY, A; LORD, R. Laboratory Evaluations in Molecular Medicine: Nutrientes, Toxicants and cell Regulators. Institute for advances in Molecular Medicine, 2001.
2. FRASSETTO,L; MORRIS, R.S; SELLMEYER,D.E. et al. Diet, evolution and aging- the pathophysiologic effects of the postagricultural inversion of potassium-to-sodium and base-to-chloride ratios in the human diet. Eur J Nutr; 40-200-13, 2001
3. HERMITTE,R. Cellulitis. In: GUIRRO,E.; GUIRRO,R. Fisioterapia Dermato-Funcional. 3 ed. Barueri: Manole 2004.
4. KAPLAN, H.; HILL, K.; LANCASTER, J.et AL. Atheory of human life history evolution: diet, intelligence, and longevity. Evol Anthropol; 9:156-185, 2000.
5. REDDY, S.T; WANG,C.Y; SAKHAEE,K. et al. Effect of low-carbohydrate high-protein diets on acid-base balance, stone-forming propensity, and calcium metabolism. Am J Kidney Dis; 40(2): 265-74.2002
6. SEBASTIAN, A; FRASSETTO,L.A; SELLMEYER,D.E. et al. Estimation of the net acid load of the diet of ancestral preagricultural Homo sapiens and their hominid ancestors. Am J Clin Nutr; 76: 1308-16, 2002

domingo, 12 de setembro de 2010

ÔMEGA 3


O ômega-3 que ingerido precisa ser transformado em outros dois compostos para ter a sua ação: o ácido eicosapentaenóico (EPA) e o docosahexaenóico (DHA). Os indivíduos que consomem peixe e alimentos marinhos ingerem diretamente o EPA e o DHA, seria o ômega animal. Ao contrário, os vegetarianos, consomem mais ômega-3 e pouco ou nada de EPA e DHA, seria o ômega vegetal. Isto se dá pela pouca capacidade que os seres humanos têm em relação ao peixe em converter o ômega-3 em EPA e DHA.
O ômega-3 é primordial para formação das membranas celulares e manter o equilíbrio das funções orgânicas (papel estrutural e funcional). Interfere na atividade das enzimas ligadas às membranas, sendo sua presença fundamental para a ação das aminas sobre seus receptores. Com ação também na membrana externa das células cerebrais, sendo através desta membrana que todos os sinais nervosos fluem, então a presença de ômega-3 cria um ambiente ideal para a troca rápida de "mensagens" entre as células do nosso cérebro.
A ingestão do ômega 3 auxilia a diminuir os níveis de triglicerídeos e colesterol total. É um importante mediador de alergias e processo inflamatórios, pois são necessários para a formação das prostaglandinas inflamatórias, tromboxanos e leucotrienos.
As fontes principais de Omega-3 são os peixes de águas profundas e frias (salmão, atum, bacalhau, arenque, cavalinha, sardinha, truta) e os óleos de peixe.
NeF: Quando é recomendada a suplementação de ômega-3? Há riscos em suplementá-lo diariamente para os pacientes?
YC: Com sua vasta gama de atuação acredito que o ômega-3, dentro da sua recomendação, é indicado para todo tipo de paciente. Já que trás todos esses benefícios. Não há nenhum tipo de contra indicação. Desde que inicie o uso do suplemento em dose média - baixa.
NeF: Qual a ação do ômega-3 na suplementação esportiva?
YC: Indicaria o ômega-3 para praticante de atividade física por ser mediador de alergias, processos inflamatórios e pela ação antioxidante. Outra questão importante seria livrar atletas das freqüentes lesões musculares, causadas por atividades físicas intensas. Ou, pelo menos, amenizar as lesões de forma significativa.
NeF: Qual a importância do ômega-3 no combate a osteoporose?
YC: A atuação do ômega-3 seria na inibição da função dos osteoclastos, são células que reabsorvem tecido ósseo, caso na dieta não tenha uma concentração adequada de cálcio. O ômega-3 restauraria o equilíbrio e, assim, brecaria o avanço da osteoporose.
NeF: Qual a quantidade indicada de consumo do ômega-3?
YC: Em 2007, na IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Os ácidos graxos omega-3 são derivados do óleo de peixes provenientes de águas frias e profundas, que reduzem a síntese hepática dos TG. Os mais importantes são o eicosapentaenóico (EPA) e o docosahexaenóico (DHA). Em altas doses (4 a 10 g ao dia) reduzem os triglicérides e aumentam discretamente o HDLC. Podem, entretanto, aumentar o LDL-C. Em portadores de doença arterial coronária, a suplementação de 1g /dia de ômega-3 em cápsulas, reduziu em 10% os eventos cardiovasculares (morte, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral). Portanto, os ácidos graxos ômega-3 podem ser utilizados como terapia adjuvante na hipertrigliceridemia ou em substituição a fibratos, niacina ou estatinas em pacientes intolerantes.
Em 2007, na quarta diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia, ficou estabelecido como consenso que o uso dos ácidos graxos essenciais (AGES), especificamente o Ômega-3, tem fundamental importância no tratamento de doenças coronarianas, na diminuição de morte súbita e melhora do perfil lipídico, sendo inclusive indicado como tratamento para pacientes que apresentam reações ou possuem sensibilidade às estatinas. Esse e outros fatores só vêm fortalecer o fundamental papel dos (AGES) no tratamento e manutenção de uma vida saudável. Recomenda-se o consumo de 2 cápsulas de 1g ao dia, junto às refeições.
O uso de 1 a 4g por dia junto das grandes refeições seria uma indicação tranqüila para se trabalhar com os pacientes de uma maneira geral.
NeF: Ele pode trazer algum prejuízo à saúde?
YC: Pode trazer malefícios sim à saúde. O excesso por exemplo pode retardar a coagulação sanguínea.
Fonte: Nutrição em foco- Dr. Yury Contipelli - Nutricionista da Supleforma Farmácia de Manipulação

ALIMENTOS FUNCIONAIS


O homem sempre precisou do alimento e atualmente procura a qualidade de vida através dos alimentos, então, agora chegou à hora de retomar a verdadeira nutrição. Os padrões alimentares ao longo dos séculos vêm mudando com a tendência de maior consumo de carboidratos simples, gordura e alimentos de alta densidade calórica, fazendo com que o consumo de fibras e carboidratos complexos diminua gradativamente e com isso surge o aparecimento de doenças crônicas degenerativas e também a obesidade. Esta tendência decorre dos novos hábitos, criados pela indústria alimentar e marcados pelo excesso de produtos artificiais, além da influência da mídia, dos fatores ambientais, e da invasão da cultura Norte Americana que interfere negativamente, nos hábitos alimentares do brasileiro. O marcante aumento na prevalência da obesidade está associado a uma alta incidência de doenças cardiovasculares, câncer e diabetes, influenciando desta maneira no padrão de saúde das pessoas. O aparecimento dessas doenças e agravos não transmissíveis cada vez mais cedo na vida das pessoas, e uma população cada vez mais doente é conseqüência de maus hábitos alimentares. Atualmente, está cada vez mais comum indivíduos jovens apresentarem os sintomas que antigamente apenas pessoas idosas apresentavam, como: indisposições, dores de cabeça, fraqueza muscular, intestino preguiçoso, inflamações nas articulações, aumento de gases intestinais, estresse, ansiedade, depressão, falta de memória e concentração baixa. A maioria das pessoas que apresentam desequilíbrios nutricionais (falta ou excesso de nutrientes) acaba desencadeando alguns desses sintomas. A conseqüência desse cenário desfavorável, é a busca por alternativas para melhorar a qualidade de vida. A alimentação equilibrada é composta de alimentos naturais, ricos em nutrientes que servem de combustível para alimentar nossas células. Esses nutrientes oferecem ao nosso corpo energia para que os processos fisiológicos funcionem da maneira ordenada. As pessoas que optam por combustíveis adulterados, ou seja, alimentos pouco nutritivos e contendo muitos aditivos químicos, não garantem o equilíbrio funcional do organismo. A conseqüência é o aparecimento e sintomas indesejáveis. A Nutrição Funcional vem resgatar a nutrição milenar, a nutrição natural, quanto mais natural mais funcional. Através do profissional nutricionista as pessoas podem ser tratadas como um todo, deixando de lado um pouquinho à globalização e respeitando a individualidade bioquímica de cada ser. Usando alimentos que possuem substancia que proporcionam benefícios a saúde, incluindo a prevenção e tratamento de doenças. A alimentação influencia diretamente na saúde das pessoas tanto na forma positiva quanto negativa. A nutrição funcional tem como objetivo principal levar o individuo a uma melhora na saúde. O ditado antigo: - Você é o que você come – está incompleto, a nutrição funcional vai muito além, pois está avaliando não só a ingestão, mas bem como absorção, transporte, utilização e excreção de nutrientes, precisa-se saber se o que come esta chegando às células, isto se chama nutrição celular. O ser - humano é formado de células e os nutrientes que estão nos alimentos são matérias-primas do organismo, deve-se preocupar com estas células, pois milhares são renovadas a cada dia. O primeiro passo que se deve dar é na escolha adequada dos alimentos para se ter um resultado positivo na saúde. O profissional nutricionista deve estar sensível a todos os desequilíbrios do corpo, pois “Nenhuma doença a qual possa ser tratada por dieta, poderá ser tratada por algum outro meio”. Moses Maimônides (1135-1204).
FONTE: NUTRIÇÃO EM FOCO: Autor: Patrícia Bittencourt Afonso de Almeida
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.Bittencourt PAA, Ribeiro PSA. Comer bem! Como? Manual de orientações nutricionais desde a compra ate o preparo dos alimentos. Goiânia: Leitura; 2008. (no prelo).
2.Bleil SI. O padrão alimentar ocidental: considerações sobre a mudança de hábito no Brasil. Cad. Debate. 1998; 6: 1-25.
3.Gedrich K. Determinants of nutritional behavior: a multitude of levers for successful intervention? Appetite. 2003; 41: 231-8.
4.Jones D S et al. Detoxification: a clinical monograph. Chicago: The Institute for Functional Medicine; 1999.
5.Paschoal V, Naves A, Fonseca ABBL. Nutrição clínica funcional: dos princípios à prática clínica. São Paulo: VP Editora; 2007

10 PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL


1) Faça pelo menos 3 refeições (café da manha, almoço e jantar) e 2 lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições;
2) Inclua diariamente 6 porções do grupo de cereais( arroz,milho, trigo, pães e massas), tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca/macaxeira/aipim nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na forma mais natural.
3) Como diariamente pelo menos 3 porções de legumes e verduras como parte das refeições e 3porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.
4) Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, 5 vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom pra saúde.
5) Consuma diariamente 3 porções de leite e derivados e 1 porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis.
6) Consuma, no máximo, 1 porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. fique atento aos rótulos dos alimentos e escolha aqueles com menor quantidades de gordura trans.
7) Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da alimentação.
8) Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite consumir alimentos industrializados com muito sal (sódio) como hambúrguer, charque, salsicha, lingüiça, presunto, salgadinhos, conservas de vegetais, sopas, molhos e temperos prontos.
9) Beba pelo menos 2 litros ( 6 a 8 copos) de água por dia. de preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.
10) Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite bebidas alcoólicas e o fumo. Mantenha o peso dentro de limites saudáveis.